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Equipe Level One 6 de outubro de 2020 0 Comments

Risco químico no ambiente de trabalho: como lidar da maneira correta

Durante a rotina de empresas, que lidam com riscos químicos, os trabalhadores precisam se prevenir, evitando assim acidentes ocupacionais.

É importante que esse segmento, ao trabalhar com agentes químicos apresentem medidas e ações de responsabilidade social. A preocupação com a segurança do meio ambiente e da sociedade é dever essencial para evitar as doenças da medicina ocupacional.

Toda essa prevenção contra acidentes de trabalho precisa ser regulamentada pelos órgãos responsáveis e pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho – SIT do Ministério da Economia.

O que é um agente químico?

Profissões que lidam com agentes químicos precisam seguir várias normas técnicas de segurança como ações preventivas contra acidentes.

Esses agentes oferecem riscos químicos, sendo muitas vezes extremamente nocivos à saúde do trabalhador. Essas substâncias podem ser encontradas nas empresas em três diferentes estados (sólido, líquido e gasoso). Os agentes gasosos (Nitrogênio, Dióxido de Carbono, etc) são inalados pelas vias respiratórias, o que não descarta a absorção pela pele ou em contato com mucosas.

Os colaboradores também podem ser infectados quando absorvem substâncias líquidas ou estas entram em contato com as suas mucosas e pele. Outros agentes químicos sólidos (como poeira, fibras, chumbo, etc) podem ser absorvidos por ingestão, pelo contato com a pele e muitas vezes por vias respiratórias.

O que é um risco químico?

O risco químico está presente nas empresas que lidam diretamente com produtos químicos oferecendo mais risco para os seus colaboradores.

Empresas farmacêuticas e de pesquisas científicas costumam ser as mais atingidas. Na agricultura, o uso constante de fertilizantes e pesticidas também prejudica a saúde dos trabalhadores expostos a essas substâncias.

Como fazer o reconhecimento do risco no ambiente

O primeiro passo para a prevenção de risco químico na sua empresa é procurar o foco do perigo.

A partir do reconhecimento desse risco, o segundo passo é a adoção de medidas preventivas, como a sinalização de segurança dentro desses ambientes, além do fornecimento de EPI aos funcionários e visitantes do local.

Essa identificação é gerenciada pela NR-26, norma que determina padrões de cores que se diferenciam conforme os riscos, classificação, rotulagem preventiva e outros aspectos.

As sinalizações são de extrema importância para a manutenção de um ambiente de trabalho seguro, pois alerta os colaboradores e visitantes sobre eventuais perigos, rotas a serem seguidas em caso de acidentes e o uso de  EPI’s específicos para cada caso.

Como se prevenir?

Dentro das empresas, o reconhecimento dos riscos químicos e dos riscos biológicos é imprescindível para que o setor responsável possa tomar as medidas cabíveis de prevenção e segurança.

Qualquer funcionário que lide com agentes químicos pode ficar exposto à contaminação. Dessa forma, os compostos químicos precisam ser manipulados da forma correta, além de terem em seu rótulo informações sobre sua toxidade e malefícios à saúde e ao ambiente.

Uma forma de prevenção é a utilização pelas empresas dos equipamentos de proteção (EPI e dos EPC), além da correta sinalização de segurança, a fim de evitar possíveis situações de risco ou perigo.

O que diz a lei?

A segurança do trabalho no Brasil é uma obrigação que compreende normas, medidas preventivas para evitar doenças e acidentes durante o período laboral.

Dentre as normas e leis que regem a segurança e saúde no trabalho (SST), há a Portaria 319, responsável por regulamentar o uso de Equipamentos de Proteção individuais (EPIs).

Já a Lei 8.213 obriga as empresas a comunicarem quaisquer casos de acidente que ocorram dentro das empresas.

Também importantes para a Segurança do trabalho no Brasil são as leis 7.410 e 9.236, responsáveis pela regulamentação, da especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e a da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho.

Por sua vez, a Lei 5116 insere para o trabalhador, o direito ao seguro de acidentes de trabalho.

Atualmente existem 37 Normas Regulamentadoras (NRs) emitidas pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho – SIT do Ministério da Economia referentes à saúde e proteção do trabalhador brasileiro.

O que é a NR 32?

A Norma Regulamentadora 32 é importante para evitar riscos químicos dentro de empresas que lidam com esses tipos de componentes. Esta lei é responsável por determinar regras e para a correta manipulação dos agentes químicos no ambiente de trabalho.

A NR 32 ainda estipula a obrigatoriedade da empresa em fazer a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) sempre que ocorrer a contaminação de um colaborador, assim como a presença de lavatório para a higiene pessoal deste.

Qual documentação necessária para uma empresa que trabalha com riscos químicos?

As empresas que lidam com riscos químicos precisam seguir protocolos de segurança, o que inclui estar em dia com a documentação necessária para operar esse tipo de material.

1 –FISPQ

A FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos) é um documento normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho – SIT do Ministério da Economia.

Esse documento informa os perigos que os produtos químicos representam para os colaboradores, assim como, os cuidados necessários para a manipulação, o que inclui os equipamentos de proteção individual (EPI’s).

2 – Elaboração de FDSR

O FDSR (Ficha com Dados de Segurança de Resíduos Químicos) se refere especificamente a resíduos químicos perigosos. Este documento deve conter 13 sessões obrigatórias com informações completas sobre o manuseio, armazenagem e os procedimentos de emergência. em relação a esses produtos.

 Por causa de segredo industrial, a empresa não precisa informar a composição completa do resíduo químico, apenas seus perigos, mesmo que confidenciais.

3 – Ficha de Emergência

A Ficha de Emergência é indicada para evitar o risco químico, durante o transporte terrestre de produtos perigosos às pessoas e ao meio ambiente.

Segundo a Norma ABNT NBR 7503, o documento deve conter características, possíveis incompatibilidades e precauções das substâncias perigosas que estão sendo transportadas.

A empresa que realizar o transporte de produto perigoso desacompanhado da Ficha de Emergência estará cometendo uma infração, punível com aplicação de multa.

4 – Elaboração de rótulos de produto químico

No Brasil, a rotulagem de produtos químicos é regida pela NBR 14725, elaborada pela ABNT.  Essa rotulagem segue um padrão internacional com base para padronizar as informações de risco químico em todo o mundo.

A rotulagem é essencial para a identificação de produtos químicos, pois fornece informações sobre segurança, cuidados com a saúde e possíveis danos ao meio ambiente relacionados a esse produto.

Essas informações precisam ser as mais claras possíveis, a fim de facilitar o seu entendimento pelo público final e seu uso correto no meio ambiente.

5 – Documentos para Exportação de Produtos Químicos

SDS (Safety Data Sheet) / HDS e FDS (Hoja ou Ficha de Datos de Seguridad) são ficha obrigatórias na exportação de produtos químicos, e possuem o objetivo de informar os perigos e os riscos dos produtos químicos comercializados.

É importante elaborar estes documentos com um fornecedor de grande conhecimento técnico (entre em contato com a LevelOne), pois cada país possui legislação, normas e critérios de classificação diferentes, exigindo consulta e adequação para a elaboração correta desses documentos.

6 – Ficha de Dados de Segurança (FDS)

A ficha de dados de segurança funciona como um raio-x da substância química, pois inclui informações sobre suas propriedades, os perigos para a saúde do colaborador e danos para o meio ambiente.

Esse documento precisa informar os trabalhadores que manuseiam os produtos químicos, bem como os responsáveis pela segurança. Dessa forma, o colaborador trabalha de maneira mais segura, reduzindo os riscos ocupacionais e ambientais.

Muitos produtos incluem sua ficha de segurança no próprio rótulo, que costuma ser padronizado de acordo com as convenções locais de cada país.

Os empregadores são obrigados por lei a fornecer aos trabalhadores acesso às FDS, assim como os funcionários devem saber interpretar esse documento para sua segurança.

Chegamos ao final do artigo. Sua empresa precisa de um software flexível para a emissão de documentos sobre segurança química? Entre em contato.

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